6 fatos históricos que podem ser cobrados no Enem 2019

O Enem se propõe a abordar temas atuais em questões multidisciplinares. Além de tratar de assuntos em voga no contexto nacional e internacional no período de elaboração do exame - geralmente no primeiro semestre do ano -, a prova ainda pode trazer fatos históricos que fazem “aniversários cheios” em 2019, como comemorações de 50 anos do pouso do homem na Lua ou 100 anos desde a assinatura de um tratado importante entre países europeus.

Portanto, para te ajudar durante a preparação para o exame, nós separamos alguns exemplos de fatos históricos que podem ser relevantes para o Enem 2019. Bons estudos!

10 anos da pandemia de gripe suína

Em 2009, uma mutação do vírus Influenza A H1N1 - que infectava apenas suínos e aviários - começou a contaminar seres humanos. Os primeiros casos foram registrados no México e logo se espalharam pelo mundo com a alcunha de “gripe suína”. Em junho de 2009, a doença atingiu o grau 6 da OMS - o máximo - e a organização declarou o vírus como uma pandemia - o conceito de pandemia envolve um grande número de pessoas infectadas em mais de 6 regiões amparadas pela OMS.

Na época houve um grande alarde na população e uma série de medidas cautelares foram tomadas, como a popularização do uso do álcool em gel. Alguns meses depois surgiram as primeiras vacinas contra a doença. Números oficiais da OMS apontam que cerca de 18 mil pessoas morreram em decorrência do vírus H1N1. Porém, há estudos que defendem que esses dados podem ser muito maiores, chegando a mais de 500 mil mortes.

O Enem pode abordar o tema por meio de questões de geografia sobre os impactos que uma pandemia pode ter na economia, como no caso da gripe suína, que diminuiu o consumo de carne de porco. Já a prova de biologia pode tratar das diferenças entre os tipos de gripe e também de questões de saúde pública relacionadas à vacinação e a medidas preventivas para frear a transmissão de doenças, por exemplo.

25 anos do Plano Real

A década de 1980 no Brasil foi marcada, principalmente, pelo processo de redemocratização do país e pelo estabelecimento de uma nova Constituição. Além disso, foi um período conturbado da economia brasileira, que tinha o descontrole da inflação como um grande problema. O aumento vertiginoso dos preços de um dia para o outro minava o poder de compra da população, que não conseguia nem mesmo se planejar para gastos futuros.

Nesse sentido, uma série de medidas foram tomadas com o objetivo de conter a inflação, como o Plano Cruzado e o congelamento de preços e de salários, e o Plano Collor, com o “confisco” da poupança, um dos principais motivos que levaram ao impeachment do presidente. Em 1993, já com o vice Itamar Franco no poder, iniciava-se a criação do Plano Real, que também recebeu contribuições do então Ministro da Fazenda Fernando Henrique Cardoso.

O primeiro passo consistiu no ajuste fiscal, uma série de medidas de corte de gastos e aumento da arrecadação do governo. Em 1994, se deu a implantação do Plano Real de fato, começando com a URV, uma Unidade Real de Valor que procurou frear o aumento constante dos preços nas prateleiras. Já em julho de 1994, a nova moeda, conhecida como Real, entrou em vigor e perdura até hoje.

O Plano Real conseguiu dar maior estabilidade à moeda, tirando a taxa de inflação de expressivos 2.700% para a casa de 2 dígitos. Pelo fato de comemorar 25 anos em 2019, o Enem pode trazer questões sobre inflação e seu impacto na economia. Além disso, há a possibilidade de o exame abordar textos e gráficos comparativos do poder de compra da população ao longo dos anos de vigor do Plano Real, por exemplo.

30 anos das eleições de 1989

Entre os anos de 1964 e 1985, o Brasil viveu um período conhecido como Ditadura Militar. Na época, a população podia eleger prefeitos, senadores, deputados e governadores. Porém, o presidente era eleito pelo Congresso Nacional e, posteriormente, pelo Colégio Eleitoral, processo que não contava com a participação direta dos eleitores. No período, todos os presidentes foram militares do exército.

O primeiro presidente civil a ser escolhido foi Tancredo Neves. Porém, ele também foi eleito pelo Colégio Eleitoral. Antes da posse, Tancredo Neves faleceu e o vice-presidente José Sarney assumiu o governo nesse período de redemocratização do país.

A primeira eleição presidencial direta após a redemocratização aconteceu em 1989, já sob as diretrizes da Constituição de 1988. No dia 15 de novembro, Fernando Collor foi eleito presidente do Brasil, assumindo o cargo no início de 1990.

O Enem pode abordar questões de história sobre o decorrer da eleição presidencial de 1989 e seus principais acontecimentos. Além disso, o exame pode trazer publicações de jornais e revistas ou outro elemento textual que procure discutir as três décadas de consolidação da democracia no país.

30 anos da queda do Muro de Berlim

Imagine-se como um cidadão alemão vivendo em Berlim nos anos 60, mais precisamente em 1961. Na manhã do dia 13 de agosto, você vai caminhar e se depara com um muro dividindo a cidade. Por mais que pareça improvável, a construção do Muro de Berlim foi bem rápida e ilustrou uma Alemanha já dividida entre o lado oriental (socialista) e a porção ocidental (capitalista) desde 1949.

O Muro de Berlim foi o maior símbolo do período conhecido como Guerra Fria, época em que o mundo se via dividido entre países capitalistas liderados pelos EUA e nações socialistas capitaneadas pela URSS. Por mais que nunca tivesse havido um conflito direto entre as duas potências, o clima de tensão era constante e o medo de uma Terceira Guerra Mundial assustava todo o planeta.

Ao longo da década de 1980, uma série de questões levaram ao enfraquecimento da URSS e, posteriormente, ao fim da Guerra Fria. Em 1989, mais precisamente no dia 9 de novembro, 38 anos após a sua construção, o Muro de Berlim “caiu” com a abertura das fronteiras alemãs. Na data, pessoas foram ao local com pás e outras ferramentas para destruir o muro, que só viria a ser derrubado totalmente nos anos seguintes. Até os dias atuais, ainda há partes da construção que funcionam como um museu a céu aberto chamado de East Side Gallery (Galeria do Lado Leste).

A Guerra Fria é um tema recorrente no Enem, e o fato de em 2019 a queda do Muro de Berlim fazer 30 anos pode aumentar as chances de questões relativas ao período, principalmente sob o formato de charges e ilustrações, por exemplo.

50 anos da chegada do homem à Lua


“Um pequeno passo para o homem, mas um grande passo para a humanidade.” - Neil Armstrong.

Em 20 de julho de 1969, a corrida espacial protagonizada pelo Estados Unidos e pela URSS no auge da Guerra Fria atingia o seu ápice. A missão tripulada conhecida como Apollo 11 chega à superfície lunar e o astronauta norte-americano Neil Armstrong se torna o primeiro ser humano a pisar na Lua.

O evento foi uma das ocasiões mais importantes do século XX, recebendo uma grande atenção midiática. Estima-se que cerca de 1 bilhão de pessoas - à época, a população mundial era por volta de 4 bilhões - assistiu o momento em que Neil pisou na Lua.

A icônica imagem da bandeira dos Estados Unidos sobre a superfície lunar se tornou uma das fotografias mais famosas da história e representou um grande aumento do poder do país diante da concorrente URSS.

A comemoração de 50 anos do evento é uma data importante e significativa, o que traz a chance de o pouso na Lua ser cobrado no Enem, principalmente para tratar da Guerra Fria. Também podem ser abordados assuntos relativos aos avanços na área da astronomia transcorridos ao longo das últimas cinco décadas.

100 anos do Tratado de Versalhes

O cessar fogo da Primeira Guerra Mundial foi assinado em novembro de 1918. Porém, o conflito só foi terminar diplomaticamente de forma oficial alguns meses depois, com a assinatura do Tratado de Versalhes em Paris, no dia 20 de julho de 1919. O tratado responsabilizou a Alemanha pela guerra e a condenou a pagar pelos danos causados.

Entre as principais imposições do tratado se encontram a perda de territórios para países fronteiriços, a perda de colônias no continente Africano, a restrição do número de pessoas no exército e uma indenização - fixada em 1921 - de 33 milhões de dólares.

As punições definidas pelo tratado foram responsáveis por estabelecer um sentimento de humilhação e de injustiça na Alemanha, quadro de insatisfação que criou um terreno fértil para a ascensão de Hitler e do Partido Nazista pouco tempo depois. De certa maneira, também contribuiu para a eclosão de uma guerra de proporções ainda maiores apenas 20 anos depois.

Um século é um marco de tempo bem expressivo, o que pode levar o Enem a trazer questões sobre as condições impostas pelo tratado e sobre os principais países envolvidos nas negociações. Além disso, o exame pode abordar outros temas relacionados às duas guerras mundiais do século XX.

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